O medo de tratar no hospital de São Marcos de Braga em tempos de epidemias (séculos XVII a meados do século XIX)
Thefear of treating at the São Marcos de Braga hospital in times of epidemics (17th to mid 19th centuries)
El miedo a recibir tratamiento en el hospital San Marcos de Braga en tiempos de epidemia (siglo XVII a mediados del XIX)
Maria Marta Lobo de Araújo
Departamento de História, Universidade do Minho. Braga, Portugal
Palabras clave:
Epidemias, Miedo, Condiciones sanitarias, Hospital de San Marcos, Mortalidad
Key-words:
Epidemics, Fear, Sanitary conditions, San Marcos Hospital, Mortality
Palavras chave:
Epidemias, Medo, Condições sanitárias, Hospital de São Marcos, Mortalidade
Resumo
Bibliografía
Araújo, Marta Lobo de (2014). Memória e quotidiano: as visitas e as devassasao hospital de São Marcos de Braga na Idade Moderna. Braga: Misericórdia de Braga. Araújo, Miguel Luís (2020). Livro Curioso. Braga. Arquivo Distrital de Braga; Câmara de Braga. Carmona García, J. Ignacio (2000). Crónica urbana del mal-vivir (s. XIV- XVII). Insalubridad, desamparo y hambre en Sevi-lla. Sevilla: Universidad de Sevilla. Ramos Martínez, Jesús (1989). La salud pública y el hospital general de la ciudad de Pamplona en el Antiguo Régimen (1700-1815). Navarra: Gobierno de Navarra.
Lobo de Araújo, Maria Marta. El miedo a recibir tratamiento en el hospital San Marcos de Braga en tiempos de epidemia (siglo XVII a mediados del XIX). Temperamentvm. 2021; 17(Esp): e17006. Disponible en: https://ciberindex.com/c/t/e17006 [acceso: 26/04/2024]
Muy interesante la presentación del estudio de María Marta sobre la relación entre las políticas públicas en el ámbito sanitario y el manejo del miedo. El detallismo de su relato lleva a "mirar" lo que fueron las circunstancias en las pandemias anteriores: muertes, cuarentenas, aislamiento y miedo emergiendo a cada paso: a infectarse, a sufrir y morir. Nadie estaba a salvo. Las epidemias dejan ver los vacíos de una organización sanitaria que antes y ahora, resulta sobrepasada en sus instalaciones, en los recursos para enfrentarla y en las decisiones de quienes gestionan la salud pública. Así, simpre hubo y hay ahora, secuelas en la vida económica, social y política.
Qué gran trabajo de síntesis. La fuente documental de los libros del hospital es primordial, dan cuenta de su funcionamiento. Gracias por la bibliografía, señala la necesidad de estudiar casos de hospitales tomando en cuenta cómo funcionaban otros en lugares distintos.
Maravilhosa palestra, sempre um prazer ouvir a professora Maria Marta. Ofereceu-nos uma explanação sobre o cotidiano hospitalar no período estudado. E também trouxe a pauta uma discussão pouco estudada pela historiografia. Em tempos de epidemia devia mesmo ser desafiador trabalhar em um hospital com superlotação e poucos recursos, ainda que fosse um hospital de grandes dimensões. Obrigada.
Obrigado por refletir o medo que os profissionais sentiam e sua a negativa de trabalhar , pois em poucas histórias isso se explicita, assumese coma vocação ou que aquele era o seu destino.
Parabéns pela apresentação e pelo recorrido cronológico do hospital San Marcos e por todas as medidas de limpeza e cuidados realizados na circulação e purificação de lugares, ervas, e maior cuidado com a limpeza das roupas, higiene, água, etc. Parabéns pela comunicação!!!
Além disso, assim como ontem, hoje, dada a falta de recursos de todos os tipos para tratar a Covid-19, são utilizadas orações, procissões e mais cerimônias que desde o início da pandemia, em 2019, não surtiram efeito. A doença progride afetando milhões e as variantes do vírus continuam a produzir terror e morte. Obrigado Maria Marta e parabéns pelo artigo.
Muito obrigada Maria Marta por nos apresentar uma realidade de outros séculos, mas tão próxima. Na atual pandemia, no mundo e mais nos países pobres, os empobrecidos são as principais vítimas. Hospitais públicos saturados e sem recursos. Não existe um tratamento específico que seja eficaz contra a SARS Cov-2. Os poderes fáticos fazem esmolas, não contribuem para a concretização do direito à saúde. O medo é o ingrediente permanente nos dias de hoje, também em nossa realidade.
Acho que esta é uma comunicação muito bem explicada, sinóptica. Faz-se um percorrido cronológico desde a fundação do Hospital de São Marcos de Braga desde o século XVI até o XIX. Não é fácil descrever a evolução duma construção assim em este longo período de tempo, pois houvo muitos câmbios políticos que tiveram que o condicionar drasticamente. No entanto, gostaria de saver algo mais da sua fisonomia arquitetónica, se for possível. Parabéns pela comunicação, Maria Marta.
Actualmente, los profesionales de la salud se quedán a enfrentar muchos problemas, sobretodo aquellos que se encuentran en la línea de frente de los cuidados. En tiempo de la actual pandemia, nosotros podemos sostenir unos a los otros, a partir de nuestro conocimiento y ejemplo de actuación encuánto profesional que somos.
Muito interessante a discussão em relação ao "medo de curar", e as fontes documentais terem atentado a esse tipo de registro. É importante colocar que o fato de hospital de São Marcos de Braga ter sido o único a atender a população ao longo de muitos anos, culminou em uma sobrecarga de demanda - notadamente nos períodos de surto e epidemia de alguma doença. Acredito que acompanhar os registros das modificações na própria estrutura da edificação, vindas da ampliação das instalações, seja interessante como forma de verificar como isso impactou no atendimento à população.
Muy interesante Marta el tratar el MIEDO como agente que hace paralizar a la población para pedir ayuda en cuanto a la atención sanitaria. En Lleida, a finales del siglo XVIII, la población también mostraba miedo para ir al hospital de la ciudad, por los escasos recursos y por la sensación de suciedad del mismo.
Tratar e cuidar em tempos de epidemias, foi ao longo da história uma representação do medo pelo desconhecido, pelo contágio e propagação, pela incapacidade de dar resposta às exigências e necessidades, pela imperiosidade de se criarem medidas de contenção O que me leva a questionar: não é igual à realidade atual com a pandemia Covid? Este artigo leva à reflexão de que já na altura do hospital de S. Marcos e pelas epidemias que conheceu e viveu, os problemas que se punham à época, são semelhantes aos atuais. A história repete-se, a história ensina nos...muitas vezes nós é que não queremos aprender.